segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O que são as indulgências?

(Catecismo 1471 - 1473)
«A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos» (79). «A indulgência é parcial ou plenária, consoante liberta parcialmente ou na totalidade da pena temporal devida ao pecado» (80). «O fiel pode lucrar para si mesmo as indulgências [...], ou aplicá-las aos defuntos» (81).
AS PENAS DO PECADO
1472. Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, deve ter-se presente que o pecadotem uma dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama «pena eterna» do pecado. Por outro lado, todo o pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa de ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório. Esta purificação liberta do que se chama «pena temporal» do pecado. Estas duas penas não devem ser consideradas como uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado. Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).

1473. O perdão do pecado e o restabelecimento da comunhão com Deus trazem consigo a abolição das penas eternas do pecado. Mas subsistem as penas temporais. O cristão deve esforçar-se por aceitar, como uma graça, estas penas temporais do pecado, suportando pacientemente os sofrimentos e as provações de toda a espécie e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte: deve aplicar-se, através de obras de misericórdia e de caridade, bem como pela oração e pelas diferentes práticas da penitência, a despojar-se completamente do «homem velho» e a revestir-se do «homem novo» (83).

Como receber as indulgências pelo Ano da Fé!

PENITENCIARIA APOSTÓLICA
D E C R E T O
URBIS ET ORBIS
Enriquecem-se com o dom de Sagradas Indulgências práticas de piedade especiais a realizar durante o Ano da fé
No dia do cinquentenário da inauguração solene do Concílio Ecumênico Vaticano II, ao qual o Beato João XXIII «tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tornar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade» (João Paulo II, Const. Ap. Fidei depositum, 11 de Outubro de 1992: AAS 86 [1994] 113), o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu o início de um Ano particularmente dedicado à profissão da fé verdadeira e à sua interpretação reta com a leitura, ou melhor, a piedosa meditação das Actas do Concílio e dos Artigos do Catecismo da Igreja Católica, publicado pelo Beato João Paulo II, trinta anos após o início do Concílio, com a intenção clara de «induzir os fiéis a aderir melhor a ele e a promover o conhecimento e a aplicação do mesmo» (ibid., 114).
(...) Além disso, todos os fiéis, individual e comunitariamente, serão chamados a dar testemunho aberto da sua fé diante dos outros, nas circunstâncias peculiares da vida quotidiana: «A própria natureza social do homem exige que ele exprima externamente os atos religiosos interiores, entre em comunicação com os demais em assuntos religiosos e professe de modo comunitário a própria religião» (Decl. Dignitatis humanae, 7 dic. 1965: AAS 58 [1966], 932).
Dado que se trata antes de tudo de desenvolver ao máximo nível — na medida do possível nesta terra — a santidade de vida e de alcançar, portanto, no grau mais alto a pureza da alma, será muito útil o grande dom das Indulgências que a Igreja, em virtude do poder que lhe foi conferido por Cristo, oferece a todos os que, com as devidas disposições, cumprirem as prescrições especiais para obtê-las.
(...)
Ao longo de todo o Ano da fé, proclamado de 11 de Outubro de 2012 até ao fim do dia 24 de Novembro de 2013, poderão alcançar a Indulgência plenária da pena temporal para os próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, a todos os fiéis deveras arrependidos, que se confessem de modo devido, comunguem sacramentalmente e orem segundo as intenções do Sumo Pontífice:
a.- cada vez que participarem em pelo menos três momentos de pregações durante as Missões Sagradas, ou então em pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica,em qualquer igreja ou lugar idôneo;
b.- cada vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, uma catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um lugar sagrado, designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. entre as Basílicas Menores e os Santuários dedicados à Bem-Aventurada Virgem Maria, aos Santos Apóstolos e aos Santos Padroeiros) e ali participarem nalguma função sagrada ou pelo menos passarem um tempo côngruo de recolhimento com meditações piedosas, concluindo com a recitação do Pai-Nosso, a Profissão de Fé de qualquer forma legítima, as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria e, segundo o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;
c.- cada vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. nas solenidades do Senhor, da Bem-Aventurada Virgem Maria, nas festas dos Santos Apóstolos e Padroeiros, na Cátedra de São Pedro), em qualquer lugar sagrado participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de Fé de qualquer forma legítima;
d.- um dia livremente escolhido, durante o Ano da fé, para a visita piedosa do batistério ou outro lugar, onde receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais com qualquer fórmula legítima.
Os Bispos diocesanos ou eparquiais, e aqueles que pelo direito lhes são equiparados, no dia mais oportuno deste tempo, por ocasião da celebração principal (por ex. a 24 de Novembro de 2013, na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, com a qual será encerrado o Ano da fé) poderão conceder a Bênção Papal com a Indulgência plenária, lucrável por parte de todos os fiéis que receberem tal Bênção de modo devoto. (...) clique aqui e confira o decreto na íntegra
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Na arquidiocese de Fortaleza, Ceará, o arcebispo metropolitano Dom José Antonio Aparecido assinou o Decreto 015/2012, onde o mesmo acolhe o Decreto Urbis Et Orbis e orienta fieis da Arquidiocese de Fortaleza os locais designados para se obter as indulgências relativas ao Ano da Fé:
1. Catedral Metropolitana – São José e Nossa Senhora da Assunção – Centro, Fortaleza;
2. Santuário (Basílica Menor) de São Francisco das Chagas – Canindé;
3. Santuário do Menino Jesus – Chorozinho;
4. Santuário do Sagrado Coração de Jesus – Centro, Fortaleza;
5. Santuário de Nossa Senhora de Fátima – Fátima, Fortaleza;
6. Santuário de Nossa Senhora da Assunção – Nova Assunção, Fortaleza;
7. Santuário de Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento – Igreja de São Benedito, Fortaleza;
8. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – Messejana, Fortaleza;
9. Igreja Matriz de Bom Jesus dos Aflitos – Parangaba, Fortaleza;
Além disso, os fiéis da arquidiocese também poderão receber, conforme os mesmos decretos, a BÊNÇÃO PAPAL concedida com a indulgência plenária, concedida àqueles que a receberem de modo devoto ao final da Celebração Eucarística de encerramento do Ano da Fé, no dia 24 de novembro de 2013, na solenidade de Cristo Rei do Universo.

Descubra como você pode receber esta grande graça em sua diocese.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Site, hino e logo oficial do Ano da Fé são apresentados no Vaticano




Logo oficial do Ano da Fé
Nesta quinta-feira, 21, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização , Dom Rino Fisichella, apresentou, numa coletiva de imprensa no Vaticano, algumas novidades para o Ano da Fé, em especial o lançamento do site, do hino e do logo oficial.
No logo, a Igreja é representada por um barco, o mastro é uma cruz que iça as velas que formam o trigrama do nome de Cristo (IHS), e ao fundo, o sol associado ao trigrama remete à Eucaristia. 
No hino, o refrão “Credo, Domine, adauge nobis é fidem” é uma invocação a Deus para que aumente a fé. Já o site oficial,www.annusfidei.va , está disponível primeiramente em inglês e italiano.

“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende sustentar a fé de tantos crentes que no cansaço cotidiano não cessam de confiar, com convicção e coragem, a própria existência ao Senhor Jesus”, salientou Dom Rino.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Intervenção de Dom Fisichella sobre o Ano da Fé


Para o presidente do dicastério, a proposta deste Ano, se encaixa num contexto amplo, marcado por uma crise generalizada que afeta também a fé.

“A crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem a si mesmo; por isso se encontra hoje confuso, sozinho, à mercê de forças que nem sequer conhecem o rosto, e sem uma meta a qual direcionar sua existência”, disse.  


quinta-feira, 19 de julho de 2012

CARTA APOSTÓLICA PORTA FIDEI


CARTA APOSTÓLICA
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO
PORTA FIDEI
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI


SANTA MISSA
PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Basílica Vaticana
Domingo, 16 de Outubro de 2011

Venerados Irmãos
Estimados irmãos e irmãs

É com alegria que celebro hoje a Santa Missa para vós, que estais comprometidos em muitas partes do mundo, nas fronteiras da nova evangelização. Esta Liturgia é o encerramento do encontro que ontem vos chamou a confrontar-vos nos âmbitos de tal missão e a ouvir alguns testemunhos significativos. Eu mesmo quis apresentar-vos alguns pensamentos, enquanto hoje parto para vós o pão da Palavra e da Eucaristia, na certeza — compartilhada por todos nós — que sem Cristo, Palavra e Pão de vida, nada podemos fazer (cf. Jo 15, 5). Estou feliz por este encontro se inserir no contexto do mês de Outubro, precisamente uma semana antes do Dia Missionário Mundial: isto evoca a justa dimensão universal da nova evangelização, em harmonia com a da missão ad gentes.